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ESTUDANTES DA URNM LEVAM EDUCAÇÃO EM SAÚDE AO BAIRRO CANAMBUA COM FOCO NAS DOENÇAS CRÓNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

No âmbito da disciplina de Epidemiologia, os estudantes do 2.º ano do curso de Análises Clínicas e Toxicológicas da Universidade Rainha Njinga a Mbande realizaram, nesta Segunda-feira, 16 de Junho, uma actividade de campo de grande impacto comunitário no bairro Canambua, província de Malanje.

Coordenada pelo docente Augusto Carlos Gomes João, a iniciativa visou aproximar a academia da comunidade, promovendo a educação em saúde e a prevenção das Doenças Crónicas Não Transmissíveis (DCNTs), com destaque para a Hipertensão Arterial e a Diabetes Mellitus.

Durante a actividade, os estudantes foram divididos em pequenos grupos e abordaram casas e aglomerados comunitários utilizando linguagem acessível, panfletos educativos e formulários simples para recolher dados e identificar factores de risco locais. Entre os temas abordados estiveram os sinais de alerta, causas, prevenção e tratamento das DCNTs, bem como práticas de vida saudável, como boa alimentação, exercício físico, abandono do álcool e tabaco, e controlo do stress.

A acção revelou dados preocupantes: alimentação inadequada, sedentarismo, falta de acompanhamento médico, uso frequente de álcool e tabaco e, sobretudo, baixo conhecimento sobre as DCNTs foram identificados como factores de risco predominantes.

A equipa registou ainda casos de idosos hipertensos e diabéticos sem medicação, famílias com doentes crónicos sem acompanhamento adequado e um cenário generalizado de vulnerabilidade social, com habitações precárias, falta de acesso a serviços de saúde e situações de abandono.

A actividade gerou resultados positivos em múltiplas frentes:
• Para os estudantes, representou um reforço técnico e humano, permitindo aplicar conhecimentos em contexto real;
• Para a comunidade, promoveu maior consciência sobre prevenção e autocuidado;
• Para a universidade, reforçou o seu papel social e a responsabilidade académica com o bem-estar colectivo.

Momentos marcantes incluíram diálogos com idosos doentes, aconselhamento nutricional familiar e postura ética exemplar dos estudantes, que demonstraram compromisso com o serviço público e com a dignidade humana.
Desafios e recomendações
Apesar do sucesso, a actividade enfrentou barreiras de comunicação com alguns idosos, recursos didácticos limitados e tempo reduzido para cobertura de todas as áreas.

A equipa recomenda a realização de novas acções em outros bairros, a inclusão de triagens básicas de pressão e glicemia, o fortalecimento de vínculos com unidades sanitárias locais e o reforço do apoio logístico e institucional.

Para os participantes, a experiência foi mais do que uma prática de campo, foi uma vivência ética e transformadora. Os testemunhos colhidos e as realidades presenciadas despertaram um profundo senso de responsabilidade social entre os discentes, reafirmando a missão da URNM de formar profissionais tecnicamente competentes, socialmente comprometidos e humanamente conscientes.

“Foi um momento de aprendizagem e também de despertar. As realidades que vimos exigem mais do que conhecimento técnico, exigem empatia, acção e políticas públicas mais próximas das pessoas.” , destacou um dos estudantes envolvidos.

Com iniciativas como esta, a Universidade Rainha Njinga a Mbande reafirma-se como um actor académico com profundo compromisso com o desenvolvimento humano e a saúde pública em Angola.

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