Na Universidade Rainha Njinga a Mbande, o quadro de honra do curso de Medicina conta com estudantes inspiradores do 2.º ao 6.º ano, cujas histórias são marcadas por determinação, paixão e resiliência.
Conversámos com alguns desses estudantes para compreender o que os impulsiona e descobrir os segredos para alcançar um desempenho de excelência.
MOTIVAÇÃO E PROPÓSITO
Para muitos desses estudantes, a motivação para estudar Medicina vem de um profundo desejo de ajudar as pessoas, como destacou Julieta António, estudante do 5.º ano com a média de 17. 2 valores: “Saber que posso fazer a diferença na vida de alguém motiva-me a ir além, mesmo nos momentos mais difíceis.” Essa paixão é o que mantém esses futuros médicos focados nos seus objectivos, mesmo diante de desafios intensos.
ESTRATÉGIAS DE ESTUDO E GESTÃO DO TEMPO
Os métodos de estudo variam entre eles, mas muitos destacam a importância da organização e da prática constante. Antonica Fonseca e Gervánio Armando, estudantes do 4.º ano, revelaram que o segredo é “organizar um cronograma semanal, com tempo específico para rever cada disciplina e estudar casos práticos.” Também aprenderam a equilibrar as demandas do curso com o tempo pessoal, factor fundamental para manter a saúde mental e a motivação.
SUPERAÇÃO DE DESAFIOS
Os desafios são inevitáveis, e para alguns lidar com a pressão das avaliações e a carga horária extensa foi um verdadeiro teste de resiliência.
“Em 2020 (no 2.º ano) e no ano passado (5.º ano), foram os momentos mais difíceis da minha vida enquanto estudante. No segundo ano, eu tive um problema de saúde (depressão) que influenciava negativamente o meu rendimento. Se não fosse pela minha mãe, creio que desistiria naquele ano. No 5.º ano, minha família teve um défice económico que deixou a nossa vida difícil e perdemos um parente muito próximo. Isso aconteceu logo depois da primeira semana de aulas (Outubro). Ter que voltar para casa e encontrar aquele ambiente sombrio e triste foi difícil de lidar. Facto é que tive um certo baixo rendimento na disciplina de Dermatologia, mas graças a Deus, com apoio dos meus pais e amigos, consegui lidar com tais situações.” – Kiesse Mateus, estudante do 6.º Ano, média: 16.5 valores.
“Um dos momentos que mais me marcou ao longo da minha formação foi no 4.º ano, em que tive que passar por uma cirurgia e não podia reincorporar-me nas aulas. Porém, as rotações eram curtas e estava rotando em Pediatria. Antes de completar 10 dias de pós-operatório, tive que voltar e encontrei muitas aulas dadas e avaliações. Tive que redobrar os esforços e, graças a Deus, consegui. Mesmo assim, saí no quadro de honra como a melhor estudante do 4.º ano com média de 17.” – Mahote Congo, 6.º Ano, média: 17.5 valores.
Esse espírito de superação é uma marca comum entre os estudantes do quadro de honra.
O PAPEL DOS PROFESSORES E DA UNIVERSIDADE
Os estudantes também destacaram o apoio dos professores, que se tornam não apenas orientadores, mas verdadeiras inspirações na jornada académica. Disciplinas específicas e estágios práticos foram experiências transformadoras que ajudaram esses estudantes a consolidar o conhecimento e a desenvolver habilidades práticas fundamentais.
“Tive professores excelentes que, dada a sua excelência, eram exigentes. Para mim, coisas difíceis são gatilhos para uma maior dedicação. Especificamente, me marcou a cadeira de Propedêutica e a cadeira de Medicina Interna, dadas pelo Dr. Jordeis Zamora. Ele fez-me ser mais dedicado e superar os meus limites. Consegui fazer coisas que não me achava capaz de fazer, sou-lhe muito grato por isso. Mas, de maneira geral, todos os professores motivaram-me.” – Gervánio Armando.
CONSELHOS PARA OS COLEGAS
Para quem busca alcançar o quadro de honra, a dica desses estudantes é clara: “Trabalhem com disciplina, busquem aprender além do conteúdo, usem a técnica do POMODORO, que me permitiu respeitar os minutos de estudo e os minutos de descanso, que são essenciais para a retenção do conteúdo, e nunca deixem de acreditar no seu potencial.” – Manuel Calenda André, estudante do 2.º ano, com a média de 17. 4 valores.
Com esse incentivo, eles esperam inspirar os colegas a também seguirem com determinação e propósito. Esses estudantes não são apenas exemplos de empenho e dedicação, mas também reflectem o compromisso da Universidade Rainha Njinga a Mbande com a formação de futuros médicos que farão a diferença na sociedade.
Parabenizamos esses estudantes do quadro de honra pelas suas conquistas e desejamos que continuem a brilhar no caminho da Medicina!