Está patente de 07 a 09 de Dezembro de 2021, na sala adjacente à biblioteca do Pólo 2 do Instituto Politécnico da URNM, uma exposição de artefactos da cultura nacional.
Os expositores são 32 estudantes do 3.° ano do curso de Gestão de Hotelaria e Turismo.
De acordo com o docente, António de Freitas, professor da cadeira de Museologia, o evento é a demonstração de um conjunto de temáticas abordadas em sala de aula desde o início do ano académico, relativas à cultura material de Angola.
Ainda nos dizeres do docente, a mini- exposição traduz-se numa oportunidade para colocar os estudantes em contacto com algumas peças do no nosso acervo cultural, dada a inexistência em Malanje de um museu com esta vocação.
Do ponto de vista técnico, o professor de Museologia sublinhou que os estudantes puderam interiorizar aspectos atinentes ao critério de selecção e organização das peças, como os artefactos devem ser expostos obedecendo a uma ordem, e não de forma aleatória.
A título de exemplo, o professor António de Freitas fez notar que os instrumentos de caça devem ser arrumados numa única galeria, assim como os instrumentos musicais e utensílios de cozinha.
Por conseguinte, o nosso interlocutor frisou, também, que a mesma regra é aplicável as obras de arte, fundamentalmente os quadros esculpidos por pintores, os materiais ligados à construção, entre outros objectos, à semelhança daqueles que resultam do trabalho dos artesãos.
Questionado sobre a origem das peças, o professor de Museologia louvou os esforços dos estudantes, pois como referiu, foram eles os principais responsáveis pela obtenção das cerca de uma centena de peças patentes na exposição.
À guisa de informação, importa referir que os visitantes podem encontrar no certame, utensílios domésticos e de cozinha como peneiras, sangas, panelas de barro, balaios, fogareiros, bancos, esteiras e cestos.
Isto posto, na galeria dos instrumentos musicais, realce-se a exposição do batuque, da marimba, do kissanje e do chamariz; sem perder de vista, os materiais de construção, tal como as formas para o fabrico de adobes ou blocos de areia.
Com efeito, os instrumentos de caça e de pesca também foram tidos e achados: flechas, facas, armadilhas, cajados e muzuas, apenas para citar alguns, preenchem a referida galeria.
Com vista disso, destaca-se, no domínio da pintura e da escultura, o quadro retrato de “Mwana Pó”, uma homenagem a beleza da mulher angolana e da região leste, em particular; bem como a figura do Pensador, símbolo da cultura nacional.
Carlos Mendes
In Kamboma Mayele